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A jornada até Compostela

Você já ouviu falar no Caminho de Santiago de Compostela? Percorrido por peregrinos desde a Idade Média, o Caminho de Santiago está longe de ser apenas um roteiro turístico. Localizado entre a Espanha e a França, e com ramificações em Portugal, o percurso congrega, como poucas viagens no mundo, enormes doses de religiosidade, história e lindas paisagens. Mas vale ressaltar: andar por suas estradas, subir suas montanhas e cruzar os seus rios sempre foi, acima de tudo, um ato fervoroso de fé e um desafio de superação física.  

Ele treinou com a Hiperatividade Runners, que faz parte do Grupo Hiperativo, fez um treinamento sem muito exagero para não ter nenhuma lesão.

Nosso Hiperativo Lucas Bahia decidiu enfrentar esse desafio pessoal e espiritual, e nos contou com detalhes como foi essa experiência única.

Lucas Bahia, no percurso do Caminho de Santiago de Compostela.

Quando decidi fazer o Caminho de Compostela achei que seria bastante tranquilo. E logo de cara descobri que existem muitos caminhos, talvez mais de cem. O mais famoso é o Francês, saindo de Saint-Jean-Pied-de-Port, mas também há o primitivo, o do norte, o do leste, o Inglês, pelo litoral, e o de Portugal, que tem pelo menos oito trajetos.
Então escolhi o caminho lusitano partindo de Lisboa, primeiro porque o trajeto Português eu não teria dificuldades com o idioma. Porém uma rota longa com poucos peregrinos e que se mostrou bem difícil nos primeiros dias. 

Segundo porque sempre gostei de trilhas e esportes e tinha tempo para me condicionar.

Terceiro porque acreditava que precisava de um tempo sozinho.
Então para mim era tudo simples: vou estudar um roteiro e fazer exercícios para me condicionar. Foi isso que eu fiz.
Uma pequena planilha continha todas as etapas em dias, kms a serem percorridos, cidades de apoios e locais de hospedagem. Uma outra com a lista de coisas que precisava adquirir, como equipamentos, calçados e roupas adequadas.
Além disso, levei muito a sério os exercícios que fazia no Hiperatividade Runners.
E fui. E quebrei a cara. Cometi um erro que foi não treinar com o peso da mochila. Apesar de todos terem me avisado, inclusive os profissionais do HR, não tive a humildade para absorver a informação.
Logo no primeiro dia andei 36 km, com 13 kg na mochila, mal colocada em meu quadril. A consequência foi catastrófica. Muitas dores em músculos difíceis de ser alongados. Estas dores me acompanharam ao longo da jornada pois não tinha tempo de descanso. E descobri:
Peregrinação não combina com peso.
Mas Lucas, como vc conseguiu completar?
Superação e Fé. Esta é minha resposta.
Passei a entender que existe um jogo mental interno, que independe da situação física. Entendi que deveria conviver com as dores que isso é causa normal em qualquer situação da vida. Entendi que fé é acreditar. Vou conseguir e pronto. Mas não conseguiria sozinho e sem auxílio. E, isso, Deus se encarregou.
As frutas me alimentavam. Nós, peregrinos, ajudávamos uns aos outros. O tempo e clima era favorável. As paisagens, lindas, eram doces doses de distração e compensação das dores.
A superação estava em sentir dor enquanto anda, quando para, quando chega e quando dorme. E, ainda sim, acordar, levantar e caminhar no outro dia.
Tinha de ser exatamente desse jeito. Do ponto de vista pessoal e emocional, precisava acreditar em mim de alguma forma, que era capaz de vencer qualquer desafio. Precisava também me encontrar com Deus, v
ocê não precisa explicar Deus, basta senti-lo, e isso iria me acompanhar a viagem toda. Agradeço ao Caminho por isso!
Alguns dados estatísticos:

* 634 km percorridos
* 25 dias
* 23,4 Euros gastos por dia
* 798 mil passos dados
* Mais de 140 cidades, vilas e freguesias no percurso
* Média de 3.765 calorias gastas por dia

Eu sentia vontade de ficar perto da natureza e de andar. Andar um mês? Isso seria uma longa caminhada, uma peregrinação – isso é Santiago.

Equilibrar espiritualidade com prazer e alegria faz parte da mistura contemporânea do trajeto. Atravessar cidades medievais, subir montanhas inacreditáveis, tomar vento e chuva, caminhar sem parar até chegar a Santiago vitorioso e com o sentimento de ter superado cada etapa. E voltar para casa, renovado e feliz.

Desapegar nos faz compreender que só precisamos do essencial. E essa é uma das lições do Caminho: descartar aquilo que nos pesa também na alma e no coração. Assim, mais leves, nos aproximamos da nossa natureza ao longo desse exercício que é solitário mesmo que se viaje acompanhado.”

Lucas Bahia, 36 anos.

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